O número de civis mortos em Gaza foi “incomparável e sem precedentes” em comparação com qualquer conflito desde 2017, quando o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, assumiu o cargo, disse ele na segunda-feira (20).
“O que está claro é que em poucas semanas tivemos milhares de crianças mortas. Então é isso que importa. Estamos testemunhando uma matança de civis sem paralelo e sem precedentes em qualquer conflito desde que sou secretário-geral”, disse Guterres durante uma conferência de imprensa.
Quando questionado sobre a sua visão para o dia seguinte em Gaza, Guterres rejeitou a possibilidade de um protetorado da ONU no enclave, apelando, em vez disso, a uma “abordagem multilateral” que acabará por levar a uma solução de dois Estados.
No direito internacional, um protetorado consiste na relação jurídica estabelecida entre um Estado protetor e um estado protegido contra qualquer violação das leis internacionais.
“Todos precisam se unir para criar as condições para uma transição, permitindo que a Autoridade Palestina, uma Autoridade Palestina fortalecida, assuma a responsabilidade em Gaza”, disse ele.
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