Pelas pesquisas, Donald Trump é o favorito nas eleições presidenciais americanas em novembro, mas havia uma dúvida. Em função dos processos a que responde, ele poderia se tornar inelegível?
Nesta segunda-feira (4) a Suprema Corte americana decidiu que não, que Trump pode disputar as próximas eleições. O favoritismo dele se acentuou por dois outros fatores.
O primeiro é o fato de que o partido Republicano está se unindo em torno de Trump, que vai levando fácil as primárias.
O segundo é o fato de que uma maioria dos que apoiaram o presidente Joe Biden em 2020 acham hoje que ele está velho demais para continuar governando.
É a isto que se dá o nome em política de “momento”.
Este “momento”, clima, situação, contexto, como vocês quiserem, favorece Trump embora ele tenha de enfrentar noventa e uma (sim, noventa e uma) acusações em quatro casos diferentes. Nenhum dos casos chega ao júri antes de novembro.
É verdade que nada “cola” em Trump, nem mesmo num eleitorado evangélico e muito religioso que pulou para o lado dele nos últimos dez anos. Mas uma parcela dos entrevistados em pesquisas de opinião diz que reconsideraria sua preferência por Trump caso ele viesse a ser condenado antes das eleições.
Esse mesmo fenômeno da forte polarização trabalha no momento contra Biden.
Nos estados que decidem a eleição, não custa repetir que ela é indireta, é feita por um colégio eleitoral, Biden não consegue romper a barreira das bolhas.
Sempre se disse que seriam severas as consequências de uma vitória de Trump para política, geopolítica e economia, e para o Brasil. É bom já ir pensando nelas.
